BRADESCO VÊ CENÁRIO MELHOR E AMPLIA PRAZO DO FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO

SÃO PAULO - Ciente de que o pior momento da crise ficou para trás, o Bradesco anunciou hoje a ampliação dos prazos e a redução dos juros do financiamento imobiliário. Otimista quanto à retomada gradativa da oferta de crédito, o vice-presidente do Bradesco Norberto Barbedo disse que o banco voltou a ser procurado para financiar projetos de investimento de algumas empresas, segmento que estava "parado" até então.
Nesta segunda-feira, o banco anunciou a ampliação de 25 anos para 30 anos no prazo máximo de todas as modalidades de crédito imobiliário enquadradas no Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Os juros para os contratos de imóveis com valor de até R$ 120 mil caíram de 10% para 8,9% ao ano, mais a variação da TR. Para o intervalo entre R$ 120 mil e R$ 500 mil, o juro caiu menos, de 11% para 10,9%, além da TR. O prazo máximo de 30 anos também é oferecido na Caixa Econômica Federal, Santander e Real.
Segundo o Bradesco, a decisão de hoje demonstra a aposta do banco no segmento de renda mais baixa, com renda familiar entre três e dez salários mínimos. Apesar de admitir que o financiamento imobiliário do Bradesco deve cair neste ano em relação a 2008, Barbedo afirmou que o número de unidades financiadas será maior, justamente em razão do foco nos imóveis mais baratos.
"A participação dessa faixa de renda (quatro a dez salários mínimos) nos nossos negócios com mutuários passará de 27% para 45% do total", disse o executivo, que depois revelou que as operações de crédito imobiliário do banco devem somar R$ 5,5 bilhões em 2009, contra R$ 6,3 bilhões no ano passado.
Ao analisar os juros em queda e a estabilidade econômica do país, Barbedo afirma que o cenário alimenta tanto a disponibilidade dos bancos para emprestar quanto a demanda das pessoas em tomar recursos.
O bom momento já levou outros bancos a melhorarem as condições do financiamento. Itaú Unibanco e Santander retomaram as linhas com prazo de 72 meses no crédito para compra de veículos. Também hoje, o Banco do Brasil anunciou redução de juros em nove linhas de crédito para pessoa física e o aumento dos limites aprovados em R$ 13 bilhões.
Mesmo com a recente melhora, o executivo do Bradesco acredita que a conjuntura atual de crédito ainda não voltou ao normal. "O pior já passou. O pior momento foi quando havia indefinição sobre a situação das empresas e sobre a liquidez do sistema financeiro. Aquilo foi a pior coisa que eu vi em 40 anos de banco", disse o vice-presidente. "Ainda está longe de uma normalidade, mas acredito que o quarto trimestre vai ser muito bom", completou Barbedo.
(Murillo Camarotto Valor Online)
25/05/2009

 
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